Formação de Professor: Exigências do mundo globalizado

31Maio2021

Formação de Professor: Exigências do mundo globalizado

1. DEFINIÇÃO DO TEMA E DO PROBLEMA

 

1.1- TEMA

 

 Formação continuada de professores

1.2- PROBLEMA

 Quais os benefícios da formação continuada para o desempenho profissional

dos professores da rede municipal de Betim?



 

2-JUSTIFICATIVA

O mundo globalizando exige cada vez mais do homem e da mulher habilidades e

competências no desempenho de suas atividades profissionais. Portanto, para buscar

estabelecer significados dessa formação, assim podemos analisar, a partir do cotidiano

desses professores.

Neste sentido entendemos que a educação esta presente na representação de um

povo, na escola é responsável pela construção do exercício da cidadania, que a mesma é

a agente transformadora na configuração da historia de um povo. Isso implica em um

espaço político de luta e de ensino, enquanto processo de produção e reprodução do

saber e conhecer. O que parece importante tal tratamento, onde educação, sociedade e

cidadania merecem ser ampliada, ou seja, ser complementada por outra área do

conhecimento.

Muitos falam e muito se fala sobre formação de professores, pois vem surgindo

uma necessidade de estudar esse tema abordado devido a um pensamento e/ou mudança

no mundo contemporâneo e globalizado, que evolui e se modifica rapidamente, essa

evolução esta fazendo com que professores busquem novas aprendizagens de como

ensinar, por meio de atualizações e aperfeiçoamento de suas praticas, assim superando o

ensino tradicional, onde deixa de ser apenas um espaço onde informações são

meramente transmitidas.

Ao pensar nessa autonomia e nessa transformação é que muito tem preocupado

A FORMAÇÂO CONTINUADA DOS PROFESSORES, e seu aprimoramento durante

essa formação, pois necessita de maior qualidade no ensino escolar, porque acreditar na

educação como novos “olhares” e novos “problemas” requerem novas buscas, novas

práticas e novas abordagens. Assim essa formação poderia ser entendida segundo Freire

(2000), como um processo de reeducação dos saberes.

De acordo com algumas leituras o propósito de aprender e que a dimensão

 

multifacetada da experiência social, que está inserida no contexto educacional, justifica-

se pelo fato de entender que as ações dos professores, acabam sendo carregadas de

 

sentido político. Para tanto acredita-se que a formação de educadores seja contemplada,

ressaltando aquilo que passa a ser fundamental e de extrema importância, para que se

transformem em um agente transformador do conhecimento e não um mero

 

“depositador” de informações, ou seja, um agente onde o aluno é um mero receptor do

conhecimento e não co-autor de sua aprendizagem.

E segundo ALVES:

 

O professor traz para o processo de formação profissional, a sua experiência

passada, o seu conhecimento, as obrigações atuais e as aspirações para o

futuro, que influenciaram decisivamente a sua aprendizagem. Negar isto

significa negar a instrução dada na formação inicial e os esforços dos

educadores quando um curriculum foi preparado para formar professores.

(ALVES, 1991 p.37)

 

Analisar a formação dos professores expressa, todavia um olhar no próprio fazer

do professor, evidenciando assim suas experiências enquanto sujeitos históricos e

porque não dizer sujeitos da historia. O professor pode ensinar o aluno a adquirir

ferramentas de trabalho necessárias para construir o saber e o fazer de sua historia.

Diante dessas analises justifica-se o referido projeto uma vez que esse trabalho

busca é estabelecer uma reflexão sobre a formação, prática e capacitação docente

dentre outros. Visando fazer uma leitura desse processo atenta aos múltiplos sentidos

ai inscritos. Tais enfoques resultam as reflexões acerca do fazer cotidiano, enquanto

professora, mas, sobretudo na qualidade de aluna em que me encontro. Pensar que na

educação reside principalmente, no resgate do professor enquanto aprendiz e autor de

sua formação, para assim promover um ensino de qualidade



 

3. OBJETIVOS

 

3.1 – OBJETIVO GERAL:

 Analisar os benefícios da formação continuada para o desempenho profissional

dos professores da rede municipal de Betim.

 

3.2 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

 Identificar os benefícios da formação continuada na vida do educador.

 Citar alguns benefícios alcançados durante a formação continuada.

 Correlacionar benefícios da formação continuada.

 

8

 

4– HIPÓTESES

4.1- A formação continuada conduz a prática reflexiva de auto–informação e auto–

aprendizagem.

4.2- Essa formação favorece e estimula a inovação e a investigação.

4.3- A formação do professor promove uma atitude simultânea critica e atuante.

4.4- A formação continuada incentiva os docentes a participar ativamente na

inovação e na melhoria da qualidade da educação.

.



 

5 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

5.1 – FORMAÇÃO DE PROFESSOR

Para buscar e estabelecer significados na formação de professores pode-se

analisar, a partir do cotidiano dos professores, as relações que os mesmos fazem do

contexto histórico da atualidade. Assim sendo a historia do presente, que se constitui

também outro desafio a que a presente proposta se insere. Se analisarmos, a vida

cotidiana é em grande medida heterogenia e hierárquica, não há problemas em

verificar que o cotidiano é construído em meio às diferenças, sinalizado aqui pelas

transformações que acontecem no ensino, sobretudo as novas tendências apontadas

pela nova LDB da educação, no que se refere á formação de professores.

Acredita-se que a educação é entendida como fator de desenvolvimento, como

investimento para a preparação de recursos humanos, como instrumento para a

promoção do individuo. É ainda importante ressaltarmos que essa questão das

políticas públicas para a educação voltada para a formação de professores,

significou um profundo debate no contexto histórico a qual foi forjado as novas

políticas educacionais.

Essa preocupação com a formação do professor poderia ser aqui entendida

como processo de reorganização dos saberes. Onde a educação e o ensino podem ser

inseridos nesta questão quando analisarmos que por varias décadas os mecanismos

de controle social eram, sintonizados com as praticas educacionais. Na perspectiva

de uma educação a serviço do Estado, podemos entender que educar era sujeitar os

professores e os alunos a poderosas técnicas de “alienação”.

Quando olhamos para a questão em que se encontra o professor, podemos

como nos coloca SILVA (1995), analisar sua situação sob aspectos acerca dessa

formação, isto por que:

 

Em relação aos professores que já estão no mercado de trabalho, o

caminho mais sensato é a definição de uma política nacional voltada

para um trabalho de completar a formação do professor naquilo que é

fundamental, para que ele se transforme um profissional autônomo,

capaz de definir livremente seu conteúdo e suas estratégias de ensino.

Em relação aos futuros professores, o problema a ser discutido é o

tipo de trabalho que as universidades estão desenvolvendo com vistas

á formação do professor. SILVA p. 119


 

Portanto, para buscar estabelecer tais significados em sua formação, partindo das

experiências de seu cotidiano, e as relações que os mesmo faze, com o contexto social,

ou seja, se constitui também outro desafio, onde a vida cotidiana é em grande medida

heterogenia e hierárquica. Contudo não há problemas em verificar que o cotidiano é

construído em meio suas diferenças e transformações é preciso que se saiba adequar a

isso.

O professor, de acordo com Moran, é um especialista em conhecimento/

aprendizagem, portanto espera-se que ele aprenda ser um profissional “equilibrado,

experiente, evoluído, ético”. E trabalhando cientificamente nesse terreno, ele deve estar

tão interessado na determinação dos fins de educação, quanto também dos meios de

realizá-los. Mas o educador, assim tem necessidade de uma cultura múltipla e bem

diversa; tem a necessidade de aprofundar na vida humana e da vida social não devem

estender-se além do seu raio visual; ele deve ter o conhecimento dos homens e da

sociedade em cada uma de suas fases, para perceber, além do aparente e do efêmero, "o

jogo poderoso das grandes leis que dominam a evolução social", e a posição que tem a

escola.

 

O professor só é o que pensa e sabe o que é – ou imagina que sabe. É o outro

que desestabiliza e é no outro que ele se retrata. Daí a importância de espaços

heterogêneos, onde o professor possa ver nos seus diferentes o “outro ideal”

que o conflitua, que o faz pensar e buscar novas práticas as quais, por sua

vez, de dependem de novas construções. FEIL 1995, p. 50.

 

Assim nesta perspectiva, é preciso que se compreenda o professor como base na

estrutura de relações onde produz e se reproduz como nos diz Cavaco (1989), na sua

relação com o mundo, com História e sua própria história, consigo mesmo – seu eu,

seus mitos e fantasmas. São estas relações que determina a prática do professor, revela

seu momento construtivo, aparecem às demandas e as possibilidades de criação de

novos espaços, situações de partilhas, reflexões e de novos modelos para o seu

desenvolvimento pessoal e profissional como também o surgimento de uma nova

cultura. E para tal pensar em sua formação como (re) descoberta do desejo do individuo

de ser professor, da ousadia em romper com a cultura autoritária do silêncio e da

consciência da importância da formação continuada.

 

A formação em que se respalda o professor deveria permiti-lhe ensinar seus

alunos (além do conteúdo): que deveria ser possível, a cada vez, buscar o

saber; que a fontes de saber e que há lugares de saber que devem ser

buscados. Trata-se de um saber prático sobre o próprio conhecimento. Não se

trata de possuir ou não os conhecimentos, mas de ter uma dimensão mais

distanciada da posição que se pode ocupar, ao se perceber inserida no mundo

das informações. Será a partir de tal percepção que o profissional poderá

movimentar-se, num mundo que é globalizado por locais de saber. A sua

experiência particular de leitor será fundamental para que ele possa transmitir

essa aprendizagem a seus alunos. ANDRADE 2004, p. 12

 

Todavia é importante considerar que em qualquer analise que se faça da

literatura sobre formação de professores e sua educação inicial, seria necessário

desenvolver, nos futuros professores, uma consciência de que sua formação não se

esgota na graduação, mas é um processo continuo de formações e trocas de

experiências. Esse pensamento se firma com a reportagem de MOÇO e MARTINS

2010, conforme publicação da Revista Escola Nova: (...) De fato, não é mais possível

dar aulas apenas com o que foi aprendido na graduação (...) trabalhar sozinho sem trocar

experiências com o colega, e ignorar a didática de cada área são outras práticas

condenadas pelos especialistas quando se pensa no professor de século 21 (...). (Nova

Escola p. 47).

O professor, quando reflete na e sobre a prática, passa a ser segundo, Fiel, 1995,

um pesquisador na sala de aula. Acredito sim que esta é a base para a criação da nova

cultura da profissão, pois o professor terá domínio daquilo que ensina e por isso é o

autor do direcionamento que dará. É consenso na grande maioria das políticas de

formação que o modo do professor construir seus conhecimentos e seu pensamento

sobre este, interferem decisivamente na sua forma de trabalhá – los. Daí a importância

da continuação da formação das vivencias partilhadas, na elaboração de novas

significações: sobre si, sobre os outros e sobre o seu trabalho. Requer a disponibilidade

de constantemente (re) educar-se.


 

Entretanto esses “progressos” não garantem uma ação pedagógica mais

eficaz nas salas de aula. O desafio não se resume na manutenção ou no

mínimo aprimoramento do nível de formação de professores (...). É preciso

formar nesse novo oficio (...) e tornar os sistemas educativos capazes de

preparar maior numero possível deles para complexidade do mundo

moderno. (...) Tudo depende da forma como a formação dos professores for

concebida e realizada. (PERRENOUD, 2002, pg.90).

 

A importância da formação continuada se dá pelos seguintes fatores:

 A existência de espaços;

 Reflexões partilhadas;

 Aprimoramento científico;

 O pensar em sua prática;

 O manuseio das tecnologias

 Personificar um modelo de excelência;

 Atualizar – se nas novas didáticas, entre outros.

 

Portanto a educação passa a ser entendido como fator de desenvolvimento, e

como investimento para a preparação de recursos humanos, e acima de tudo como

instrumento para a promoção do individuo, enquanto agente transformador. Acredito

que uma nação apenas poderá ser construída em fortes bases e com cidadãos ricos em

saberes, em conhecimentos, em moral, em ética e em respeito ao próximo, com bondade

solidariedade e que acima de tudo saibam se impor e repudiem toda qualquer forma de

violência.



 

6. METODOLOGIA

O referido projeto tem como metodologia a pesquisa bibliográfica, pesquisa documental

e de campo.

O universo da pesquisa será os professores efetivos da rede municipal de Betim.

A amostragem será alunos da Faculdade ISEIB Betim.

A técnica de pesquisa será observação, entrevista, questionário e analise de documentos.

Após coleta de dados, será feito tabulação e relatório final.



 

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

BITENCOURT, Circe (org.) O Saber Histórico na Sala de Aula. São Paulo: 2a Ed. Contexto,

1998.

 

BRASIL, MEC, 1998 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, no 9394/96.

 

FILHO, Ruy L. B., PEREIRA, Avelino R. S., MAIA, Eny Marisa - Parâmetros Curriculares

Nacionais. Brasília – DF. 1997.

 

LEHER, Roberto. A Ideologia da Globalização na Política de Formação Profissional Brasileira.

In: Trabalho e Educação. Belo Horizonte, no 4 agosto/ dezembro. 1975.

 

MARTINS, Ana Rita e MOÇO, Anderson. O novo perfil do professor. Revista: Nova Escola.

Editora: Abril, outubro, 2010.

 

MEIRA, Marly Ribeiro; PILLOTTO, Silvia Sell Duarte. Arte, afeto e educação: a

sensibilidade na ação pedagógica. Porto Alegre: Mediação, 2010.

 

PERRENOUD, Philipe. Práticas Pedagógicas, Profissão Docente e Formação: Perspectivas

Sociológicas. Trad. Helena Faria e outros. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1993.

 

WOODS, Peter. Aspectos Sociais da Criatividade do Professor. In: NÓVOA, Pedro (org.).

Profissão Professor. Portugal: Porto editora, 1991. Coleção Ciências da Educação.