Formação de Professor: Exigências do mundo globalizado
1. DEFINIÇÃO DO TEMA E DO PROBLEMA
1.1- TEMA
Formação continuada de professores
1.2- PROBLEMA
Quais os benefícios da formação continuada para o desempenho profissional
dos professores da rede municipal de Betim?
2-JUSTIFICATIVA
O mundo globalizando exige cada vez mais do homem e da mulher habilidades e
competências no desempenho de suas atividades profissionais. Portanto, para buscar
estabelecer significados dessa formação, assim podemos analisar, a partir do cotidiano
desses professores.
Neste sentido entendemos que a educação esta presente na representação de um
povo, na escola é responsável pela construção do exercício da cidadania, que a mesma é
a agente transformadora na configuração da historia de um povo. Isso implica em um
espaço político de luta e de ensino, enquanto processo de produção e reprodução do
saber e conhecer. O que parece importante tal tratamento, onde educação, sociedade e
cidadania merecem ser ampliada, ou seja, ser complementada por outra área do
conhecimento.
Muitos falam e muito se fala sobre formação de professores, pois vem surgindo
uma necessidade de estudar esse tema abordado devido a um pensamento e/ou mudança
no mundo contemporâneo e globalizado, que evolui e se modifica rapidamente, essa
evolução esta fazendo com que professores busquem novas aprendizagens de como
ensinar, por meio de atualizações e aperfeiçoamento de suas praticas, assim superando o
ensino tradicional, onde deixa de ser apenas um espaço onde informações são
meramente transmitidas.
Ao pensar nessa autonomia e nessa transformação é que muito tem preocupado
A FORMAÇÂO CONTINUADA DOS PROFESSORES, e seu aprimoramento durante
essa formação, pois necessita de maior qualidade no ensino escolar, porque acreditar na
educação como novos “olhares” e novos “problemas” requerem novas buscas, novas
práticas e novas abordagens. Assim essa formação poderia ser entendida segundo Freire
(2000), como um processo de reeducação dos saberes.
De acordo com algumas leituras o propósito de aprender e que a dimensão
multifacetada da experiência social, que está inserida no contexto educacional, justifica-
se pelo fato de entender que as ações dos professores, acabam sendo carregadas de
sentido político. Para tanto acredita-se que a formação de educadores seja contemplada,
ressaltando aquilo que passa a ser fundamental e de extrema importância, para que se
transformem em um agente transformador do conhecimento e não um mero
“depositador” de informações, ou seja, um agente onde o aluno é um mero receptor do
conhecimento e não co-autor de sua aprendizagem.
E segundo ALVES:
O professor traz para o processo de formação profissional, a sua experiência
passada, o seu conhecimento, as obrigações atuais e as aspirações para o
futuro, que influenciaram decisivamente a sua aprendizagem. Negar isto
significa negar a instrução dada na formação inicial e os esforços dos
educadores quando um curriculum foi preparado para formar professores.
(ALVES, 1991 p.37)
Analisar a formação dos professores expressa, todavia um olhar no próprio fazer
do professor, evidenciando assim suas experiências enquanto sujeitos históricos e
porque não dizer sujeitos da historia. O professor pode ensinar o aluno a adquirir
ferramentas de trabalho necessárias para construir o saber e o fazer de sua historia.
Diante dessas analises justifica-se o referido projeto uma vez que esse trabalho
busca é estabelecer uma reflexão sobre a formação, prática e capacitação docente
dentre outros. Visando fazer uma leitura desse processo atenta aos múltiplos sentidos
ai inscritos. Tais enfoques resultam as reflexões acerca do fazer cotidiano, enquanto
professora, mas, sobretudo na qualidade de aluna em que me encontro. Pensar que na
educação reside principalmente, no resgate do professor enquanto aprendiz e autor de
sua formação, para assim promover um ensino de qualidade
3. OBJETIVOS
3.1 – OBJETIVO GERAL:
Analisar os benefícios da formação continuada para o desempenho profissional
dos professores da rede municipal de Betim.
3.2 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Identificar os benefícios da formação continuada na vida do educador.
Citar alguns benefícios alcançados durante a formação continuada.
Correlacionar benefícios da formação continuada.
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4– HIPÓTESES
4.1- A formação continuada conduz a prática reflexiva de auto–informação e auto–
aprendizagem.
4.2- Essa formação favorece e estimula a inovação e a investigação.
4.3- A formação do professor promove uma atitude simultânea critica e atuante.
4.4- A formação continuada incentiva os docentes a participar ativamente na
inovação e na melhoria da qualidade da educação.
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5 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
5.1 – FORMAÇÃO DE PROFESSOR
Para buscar e estabelecer significados na formação de professores pode-se
analisar, a partir do cotidiano dos professores, as relações que os mesmos fazem do
contexto histórico da atualidade. Assim sendo a historia do presente, que se constitui
também outro desafio a que a presente proposta se insere. Se analisarmos, a vida
cotidiana é em grande medida heterogenia e hierárquica, não há problemas em
verificar que o cotidiano é construído em meio às diferenças, sinalizado aqui pelas
transformações que acontecem no ensino, sobretudo as novas tendências apontadas
pela nova LDB da educação, no que se refere á formação de professores.
Acredita-se que a educação é entendida como fator de desenvolvimento, como
investimento para a preparação de recursos humanos, como instrumento para a
promoção do individuo. É ainda importante ressaltarmos que essa questão das
políticas públicas para a educação voltada para a formação de professores,
significou um profundo debate no contexto histórico a qual foi forjado as novas
políticas educacionais.
Essa preocupação com a formação do professor poderia ser aqui entendida
como processo de reorganização dos saberes. Onde a educação e o ensino podem ser
inseridos nesta questão quando analisarmos que por varias décadas os mecanismos
de controle social eram, sintonizados com as praticas educacionais. Na perspectiva
de uma educação a serviço do Estado, podemos entender que educar era sujeitar os
professores e os alunos a poderosas técnicas de “alienação”.
Quando olhamos para a questão em que se encontra o professor, podemos
como nos coloca SILVA (1995), analisar sua situação sob aspectos acerca dessa
formação, isto por que:
Em relação aos professores que já estão no mercado de trabalho, o
caminho mais sensato é a definição de uma política nacional voltada
para um trabalho de completar a formação do professor naquilo que é
fundamental, para que ele se transforme um profissional autônomo,
capaz de definir livremente seu conteúdo e suas estratégias de ensino.
Em relação aos futuros professores, o problema a ser discutido é o
tipo de trabalho que as universidades estão desenvolvendo com vistas
á formação do professor. SILVA p. 119
Portanto, para buscar estabelecer tais significados em sua formação, partindo das
experiências de seu cotidiano, e as relações que os mesmo faze, com o contexto social,
ou seja, se constitui também outro desafio, onde a vida cotidiana é em grande medida
heterogenia e hierárquica. Contudo não há problemas em verificar que o cotidiano é
construído em meio suas diferenças e transformações é preciso que se saiba adequar a
isso.
O professor, de acordo com Moran, é um especialista em conhecimento/
aprendizagem, portanto espera-se que ele aprenda ser um profissional “equilibrado,
experiente, evoluído, ético”. E trabalhando cientificamente nesse terreno, ele deve estar
tão interessado na determinação dos fins de educação, quanto também dos meios de
realizá-los. Mas o educador, assim tem necessidade de uma cultura múltipla e bem
diversa; tem a necessidade de aprofundar na vida humana e da vida social não devem
estender-se além do seu raio visual; ele deve ter o conhecimento dos homens e da
sociedade em cada uma de suas fases, para perceber, além do aparente e do efêmero, "o
jogo poderoso das grandes leis que dominam a evolução social", e a posição que tem a
escola.
O professor só é o que pensa e sabe o que é – ou imagina que sabe. É o outro
que desestabiliza e é no outro que ele se retrata. Daí a importância de espaços
heterogêneos, onde o professor possa ver nos seus diferentes o “outro ideal”
que o conflitua, que o faz pensar e buscar novas práticas as quais, por sua
vez, de dependem de novas construções. FEIL 1995, p. 50.
Assim nesta perspectiva, é preciso que se compreenda o professor como base na
estrutura de relações onde produz e se reproduz como nos diz Cavaco (1989), na sua
relação com o mundo, com História e sua própria história, consigo mesmo – seu eu,
seus mitos e fantasmas. São estas relações que determina a prática do professor, revela
seu momento construtivo, aparecem às demandas e as possibilidades de criação de
novos espaços, situações de partilhas, reflexões e de novos modelos para o seu
desenvolvimento pessoal e profissional como também o surgimento de uma nova
cultura. E para tal pensar em sua formação como (re) descoberta do desejo do individuo
de ser professor, da ousadia em romper com a cultura autoritária do silêncio e da
consciência da importância da formação continuada.
A formação em que se respalda o professor deveria permiti-lhe ensinar seus
alunos (além do conteúdo): que deveria ser possível, a cada vez, buscar o
saber; que a fontes de saber e que há lugares de saber que devem ser
buscados. Trata-se de um saber prático sobre o próprio conhecimento. Não se
trata de possuir ou não os conhecimentos, mas de ter uma dimensão mais
distanciada da posição que se pode ocupar, ao se perceber inserida no mundo
das informações. Será a partir de tal percepção que o profissional poderá
movimentar-se, num mundo que é globalizado por locais de saber. A sua
experiência particular de leitor será fundamental para que ele possa transmitir
essa aprendizagem a seus alunos. ANDRADE 2004, p. 12
Todavia é importante considerar que em qualquer analise que se faça da
literatura sobre formação de professores e sua educação inicial, seria necessário
desenvolver, nos futuros professores, uma consciência de que sua formação não se
esgota na graduação, mas é um processo continuo de formações e trocas de
experiências. Esse pensamento se firma com a reportagem de MOÇO e MARTINS
2010, conforme publicação da Revista Escola Nova: (...) De fato, não é mais possível
dar aulas apenas com o que foi aprendido na graduação (...) trabalhar sozinho sem trocar
experiências com o colega, e ignorar a didática de cada área são outras práticas
condenadas pelos especialistas quando se pensa no professor de século 21 (...). (Nova
Escola p. 47).
O professor, quando reflete na e sobre a prática, passa a ser segundo, Fiel, 1995,
um pesquisador na sala de aula. Acredito sim que esta é a base para a criação da nova
cultura da profissão, pois o professor terá domínio daquilo que ensina e por isso é o
autor do direcionamento que dará. É consenso na grande maioria das políticas de
formação que o modo do professor construir seus conhecimentos e seu pensamento
sobre este, interferem decisivamente na sua forma de trabalhá – los. Daí a importância
da continuação da formação das vivencias partilhadas, na elaboração de novas
significações: sobre si, sobre os outros e sobre o seu trabalho. Requer a disponibilidade
de constantemente (re) educar-se.
Entretanto esses “progressos” não garantem uma ação pedagógica mais
eficaz nas salas de aula. O desafio não se resume na manutenção ou no
mínimo aprimoramento do nível de formação de professores (...). É preciso
formar nesse novo oficio (...) e tornar os sistemas educativos capazes de
preparar maior numero possível deles para complexidade do mundo
moderno. (...) Tudo depende da forma como a formação dos professores for
concebida e realizada. (PERRENOUD, 2002, pg.90).
A importância da formação continuada se dá pelos seguintes fatores:
A existência de espaços;
Reflexões partilhadas;
Aprimoramento científico;
O pensar em sua prática;
O manuseio das tecnologias
Personificar um modelo de excelência;
Atualizar – se nas novas didáticas, entre outros.
Portanto a educação passa a ser entendido como fator de desenvolvimento, e
como investimento para a preparação de recursos humanos, e acima de tudo como
instrumento para a promoção do individuo, enquanto agente transformador. Acredito
que uma nação apenas poderá ser construída em fortes bases e com cidadãos ricos em
saberes, em conhecimentos, em moral, em ética e em respeito ao próximo, com bondade
solidariedade e que acima de tudo saibam se impor e repudiem toda qualquer forma de
violência.
6. METODOLOGIA
O referido projeto tem como metodologia a pesquisa bibliográfica, pesquisa documental
e de campo.
O universo da pesquisa será os professores efetivos da rede municipal de Betim.
A amostragem será alunos da Faculdade ISEIB Betim.
A técnica de pesquisa será observação, entrevista, questionário e analise de documentos.
Após coleta de dados, será feito tabulação e relatório final.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BITENCOURT, Circe (org.) O Saber Histórico na Sala de Aula. São Paulo: 2a Ed. Contexto,
1998.
BRASIL, MEC, 1998 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, no 9394/96.
FILHO, Ruy L. B., PEREIRA, Avelino R. S., MAIA, Eny Marisa - Parâmetros Curriculares
Nacionais. Brasília – DF. 1997.
LEHER, Roberto. A Ideologia da Globalização na Política de Formação Profissional Brasileira.
In: Trabalho e Educação. Belo Horizonte, no 4 agosto/ dezembro. 1975.
MARTINS, Ana Rita e MOÇO, Anderson. O novo perfil do professor. Revista: Nova Escola.
Editora: Abril, outubro, 2010.
MEIRA, Marly Ribeiro; PILLOTTO, Silvia Sell Duarte. Arte, afeto e educação: a
sensibilidade na ação pedagógica. Porto Alegre: Mediação, 2010.
PERRENOUD, Philipe. Práticas Pedagógicas, Profissão Docente e Formação: Perspectivas
Sociológicas. Trad. Helena Faria e outros. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1993.
WOODS, Peter. Aspectos Sociais da Criatividade do Professor. In: NÓVOA, Pedro (org.).
Profissão Professor. Portugal: Porto editora, 1991. Coleção Ciências da Educação.